.TH ROUTE 8 "27 Jan 1996" "net-tools" "Manual do Programador Linux" .SH NOME route \- mostra / manipula a tabela de roteamento IP .SH SINOPSE .B route .RB [ \-vnee ] .TP .B route .RB [ \-v ] .B add .RB [ \-net | \-host ] Alvo .RB [ netmask Nm] .RB [ gw Gw] .RB [ metric N] .RB [ mss M] .RB [ window W] .RB [ irtt I] .RB [ reject ] .RB [ mod ] .RB [ dyn ] .RB [ reinstate ] .RB [[ dev ] If] .TP .B route .RB [ \-v ] .B del .RB [ \-net | \-host ] Alvo .RB [ gw Gw] .RB [ netmask Nm] .RB [ metric N] .RB [[ dev ] If] .TP .B route .RB [ \-V ] .RB [ \-\-version ] .RB [ \-h ] .RB [ \--help ] .SH DESCRICAO .B Route manipula a tabela de roteamento IP do kernel. Seu principal uso é configurar rotas estáticas para hosts ou redes especificadas através de uma interface, após a mesma ter sido configurada com o programa .BR ifconfig (8) . .SH OPÇÕES .TP .B \-v flag para detalhamento (não usada). .TP .B \-n mostra endereços numéricos, sem tentar resolver o nomes simbólicos das máquinas. Útil se você esta tentando determinar por que a rota para o seu servidor de nomes sumiu. .TP .B \-e use o formato .BR netstat (8) na apresentação da tabela de roteamento. .B \-ee produzira uma linha bem grande com todos os parâmetros da tabela de roteamento. .TP .B \-net o .B Alvo é o endereço de uma rede (encontrado no arquivo .I /etc/networks pela função .BR getnetbyname (2) ). .TP .B -host é o endereço de uma máquina (descoberto com a função .BR gethostbyname (2) ). .TP .B (nenhum) displays the kernel routing table. The layout can be changed with mostra a tabela de roteamento do kernel. O layout pode ser alterado com .B \-e e .B \-ee . .TP .B del remove uma rota. .TP .B add adiciona uma rota. .TP .B Alvo A máquina ou rede destino. Você pode fornecer endereços IP em formato decimal separado por pontos ou nomes de máquinas/redes. .TP .B netmask Nm modificador para especificar a mascara de rede da rota a ser adicionada. Somente faz sentido para uma rota para uma rede e quanto o endereço .B Alvo é valido com relação a mascara especificada. Se nenhuma mascara de rede for especificada, o comando .B route descobre-a, desta forma, para a maioria das configurações normais você não precisa especificar uma mascara de rede. .TP .B gw Gw Quaisquer pacotes IP para a rede/máquina destino serão roteadas através do gateway/roteador especificado. .B NOTA: O gateway especificado deve ser alcançável antes deste comando. Isto normalmente significa que você terá que configurar uma rota estática para o gateway antes de emitir este comando. Se você especificar o endereço de uma de suas interfaces locais, isto será usado para decidir sobre qual interface deve ser usada para rotear os pacotes. Isto esta disponível para manter compatibilidade com os sistemas baseados em BSD. .TP .B metric M Configura o campo de métrica na tabela de roteamento, usado em daemons para roteamento dinâmico. .TP .B mss M Especifica o Tamanho Máximo do Segmento TCP em Bytes (MSS) para conexões TCP através desta rota. Isto é normalmente usado somente para otimização fina de configurações de roteamento. .TP .B window W Especifica o tamanho da janela TCP para conexões TCP através desta rota. Tipicamente somente usado para redes AX.25 e em drivers incapazes de de tratar frames back to back. .TP .B irtt I Especifica o tempo de ida e volta inicial (irtt) para conexões TCP através desta rota. Tipicamente usado somente em redes AX.25. O numero é especificado em milisegundos (1-12000). Se omitido o default da RFC 1122 de 300ms é usado. .TP .B reject Instala uma rota de bloqueio, que forçará falha na procura por esta rota. Exemplo de utilização: bloquear rotas antes do uso da rota default. Isto não é firewalling. .TP .B mod, dyn, reinstate Instala uma rota modificada ou dinâmica. Ambas as flags são geralmente somente configuradas por um daemon de roteamento. Somente para propósitos de diagnostico. .TP .B dev If Força a associação da rota com o dispositivo especificado, pois o kernel de outra forma tentara determinar o dispositivo por conta própria (através da checagem de rotas e especificações de dispositivos já existentes e onde a rota esta adicionada). If .B dev If é a última opção na linha de comando, a palavra .B dev pode ser omitida, pois é o default. De outra forma a ordem dos outros modificadores do route (metric - netmask - gw - dev) não importa. .SH EXEMPLOS .TP .B route add -net 127.0.0.0 Adiciona a entrada para a interface loopback normal, usando mascara igual a 255.0.0.0 (rede classe A, determinada a partir do endereço de destino), associada ao dispositivo "lo" (assumindo que este dispositivo tenha sido previamente configurado com o .BR ifconfig (8)). .TP .B route add -net 192.56.76.0 netmask 255.255.255.0 dev eth0 Adiciona uma rota para a rede 192.56.76.x através da interface "eth0". O modificador de mascara classe C não é realmente necessário aqui por que 192.* é um endereço IP de classe C. A palavra "dev" pode ser omitida aqui. .TP .B route add default gw mango-gw Adiciona uma rota default (que será usada se nenhuma outra rota for encontrada). Todos os pacotes que usarem esta rota serão passados para a máquina "mango-gw". O dispositivo que será utilizado para esta rota depende de como é possível alcançar "mango-gw" - a rota estática para "mango-gw" terá que ser configurada previamente. .TP .B route add ipx4 sl0 Adiciona uma rota para a máquina "ipx4" através da interface SLIP (assumindo que "ipx4" é a máquina SLIP). .TP .B route add -net 192.57.66.0 netmask 255.255.255.0 gw ipx4 Este comando adiciona a rede "192.57.66.x" para ser alcançada através da rota anterior através da interface SLIP. .TP .B route add -net 224.0.0.0 netmask 240.0.0.0 dev eth0 Isto é bem obscura, documentada para que as pessoas saibam como usá-la. Configura para que todas as rotas IP classe D (multicast) vão através da interface "eth0". Esta é a linha de configuração normal a ser usada com um kernel multicast. .TP .B route add 10.0.0.0 netmask 255.0.0.0 reject Esta instala uma rota de rejeição para a rede privada "10.x.x.x" .LP .SH SAÍDA A saída da tabela de roteamento do kernel é organizada nas seguintes colunas .TP .B Destino A rede ou máquina de destino. .TP .B Roteador A máquina roteador ou '*' se nenhuma estiver configurada. .TP .B Mascara Genérica A mascara para a rede destino. '255.255.255.255' para uma máquina de destino, '0.0.0.0' para a rota .B default . .TP .B Flags Os flags possíveis são .br .B U (rota esta .BR Up ) .br .B H (alvo é uma .BR máquina ) .br .B G (use .BR roteador ) .br .B R .RB ( reinstate rota para roteamento dinâmico) .br .B D Instalada .RB ( Dinamicamente por um daemon ou por redirecionamento) .br .B M .RB ( Modificada por daemon de roteamento ou redirecionamento) .br .B ! Rota .RB ( rejeitada ) .TP .B Metric A 'distância' até o alvo (geralmente contada em hops). Não é utilizada pelos kernels recentes, somente daemons de roteamento podem usa-la. .TP .B Ref Numero de referências a esta rota. Não usado no kernel do Linux, sempre 0. .TP .B Uso Contagem de procuras por esta rota. Nos kernels recentes estes números são bem baixos, pois os sockets tem seu próprio cache e não precisam procurar por rotas. .TP .B Iface Interface através da qual os pacotes IP serão enviados. .TP .B MSS Tamanho máximo de segmento default para conexões TCP através desta rota. .TP .B Window Tamanho de janela default para conexões TCP através desta rota. .TP .B irtt RTT (Tempo de Ida e Volta) Inicial. O kernel usa isto para inferir os melhores parâmetros do protocolo TCP sem esperar por respostas (possivelmente lentas). .LP .SH ARQUIVOS .I /proc/net/route .br .I /etc/networks .br .I /etc/hosts .br .I /etc/init.d/network .LP .SH VEJA TAMBÉM .I ifconfig(8), netstat(8), arp(8) .LP .SH HISTÓRICO .B Route para o linux foi originalmente escrito por Fred N. van Kempen, e depois modificado por Johannes Stille e Linus Torvalds para a versão pl15. Alan Cox adicionou as opções para mss e window no kernel 1.1.22. O suporte a irtt (compartilhado com o netstat) foi feito por Bernd Eckenfels. .SH TRADUÇÃO Arnaldo Carvalho de Melo - 13/04/1998 .SH BUGS nenhum :)